17 de abril de 2015

Resenha: Uma vida para Sempre – Simone Taietti

     O livro nos contará a história de Ethel, uma jovem de 17 anos portadora de CIPA que é a sigla em inglês para Insensibilidade Congênita a Dor com Anidrose. Ethel leva uma vida comum, apesar de seu estado de saúde, uma das coisas que ela mais gosta de fazer é ler, e seu autor preferido é Machado de Assis, ela adquiriu gosto pela leitura através de sua mãe, que é professora de literatura em uma faculdade.
     Ethel perdeu o pai quando tinha 8 anos, e desde esse fatídico dia ela começou a pensar na morte com mais frequência, afinal, todos iremos morrer algum dia, e Ethel não conseguia entender por que as pessoas preferem ignorar esse fato. A jovem precisa ir à fisioterapia pelo menos duas vezes por semana, e por incrível que pareça é o lugar onde ela mais gosta de ficar. Lá ela não se sente deslocada, lá ela tem amigos de verdade, que não olham pra ela como se a mesma fosse uma aberração.
     Em uma dessas idas ao hospital Ethel acaba descobrindo que um de seus amigos, o pequeno Max faleceu devido ao agravamento de sua doença. Depois disso Ethel vai até o quarto em que Max ficava, e lá ela encontra Vitor, assim que ela põe os olhos nele, ela se pergunta o que ele estaria fazendo ali. Depois de um pequeno acidente envolvendo a Anidrose, Vitor diz a Ethel que tem Leucemia Mieloide Aguda, aí tudo se esclarece.
     Quando Ethel vai embora ela não consegue tirar Vitor da cabeça, além de ser muito lindo, ele também é otimista e muito engraçado, o que a faz ficar ainda mais encantada por ele, mas ela tem medo de deixar esse sentimento crescer pois todas as pessoas que ela ama sempre tendem a deixa-la, exceto sua amada mãe.
     Depois de conversar com sua amiga Gertrud uma mulher de 81 anos, que passa longe de ser uma senhora convencional Ethel começa a repensar a questão do sentimento que nutre por Vitor, será que daria certo? Será que eles seriam felizes juntos? Será que Vitor sentia o mesmo em relação a ela?
     Ela decide deixar esse pensamento negativo de lado, e se entrega de vez ao que está sentindo. Afinal ela pode enxergar em Vitor um grande amigo, uma pessoa para partilhar seus pensamentos e aflições. Quando eles já estão juntos, os dois decidem criar um projeto, no qual visa falar sobre a morte para pessoas desconhecidas. Ethel, Vitor, Catarina e Gertrud foram taxados por muitos como loucos ou estranhos, mas a alegria que sentiam cada vez que conversavam com alguém era infinitamente maior.
     Em um dia quando tudo parecia estar indo bem, Vitor tem uma recaída e vai parar no hospital, onde espera desesperadamente por um transplante de medula, mas isso acaba parecendo impossível. Depois de tantos conflitos no decorrer da história, será que tudo dará certo?



     O livro é maravilhoso, preciso confessar que quando comecei a lê-lo eu achei bem parecido com “A culpa é das estrelas”, mas no decorrer da história eu mudei a minha opinião. E meu Deus, estou apaixonada por esse casal maravilhoso, estou precisando de uma amiga como a Gertrud, gente que mulher demais. A autora escreve super bem, e o livro deveria ser lido por todos, porque essa história é envolvente demais. Só tenho a agradecer pelo voto de confiança que depositou em mim, e quero-te dar os parabéns por uma história tão linda. ♥



                                                Beijos, Rafa.

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