11 de outubro de 2016

RESENHA: Todo Dia - David Levithan

        Nesse livro conhecemos a história de A, alguém que à 16 anos, em todas as manhãs habita um corpo diferente e invade uma vida diferente. Como continuar sendo ele próprio se nem ao menos o corpo é dele? Ele não sabe o porquê é assim, ao passar dos anos ele apenas aceitou o fato. Mas aquele dia não seria como outro qualquer, ele já havia habitado corpos como aquele. Relaxado, indiferente, nada poderia surpreendê-lo, exceto o fato da namorada de Justin (o corpo que ele habitava) ser alguém surpreendentemente encantadora e misteriosa.
        Logo A percebe que Justin não dá o devido valor a Rhiannon, e ele decide mudar isso, nem que seja pelo menos por um dia. Ele quer cuidar dela da melhor forma possível, enquanto for possível. Mas quando aquele único dia de surpresas acaba, quando ele se despede de Rhiannon é que ele se dá conta de que o dia perfeito ao servirá como uma lembrança de sofrimento para a menina, já que aquele Justin, não era bem o Justin de verdade. E assim mais um dia se vai.
        Mais um corpo vem e a vontade de rever Rhiannon cresce a cada segundo. E é isso que A decide fazer, correr atrás daquela que pode ser a única chance de provar o amor verdadeiro. A cada manhã, uma pessoa diferente mas a mesma essência. No começo Rhiannon acha um absurdo toda aquela história, mas por fim ela decide tentar algo novo. E como se não bastasse a distância constante que os separa ainda tem uma encrenca com Nathan Daldry, um garoto que A usou para procurar Rhiannon, que afirma ter sido possuído pelo demônio.
        Será que Rhiannon e A serão fortes o suficiente para aguentar toda a mudança? Um amor pode sobreviver ou até mesmo florescer em meio a tantas diferenças?

       O livro é muito bom, sem palavras para descrevê-lo com precisão. É incrível ver como uma pessoa pode ficar cega em relação a um relacionamento, com o tempo o amor não é o bastante. Com o tempo as pequenas coisas passam a ser notadas, e foi isso que A mostrou a Rhiannon, a deixando decidir o que era certo. Levithan usa as palavras de forma incrível e tocante.



Beijos, Rafa.